Passado um mês do início da nossa primeira sondagem (entretanto fechada) e vistas as consequências e as soluções tomadas por todos os agentes políticos envolvidos, fica aqui a apresentação dos resultados da iniciativa e alguns comentários acerca do que se seguiu ao impasse político a que se chegou.
Resultados Apurados:
Manter o Governo: 11 votos (22%)
Eleições: 5 votos (10%)
Novo Governo (sem eleições): 4 votos (8%)
Governo de Salvação Nacional (iniciativa Parlamentar): 5 votos (10%)
Governo de Salvação Nacional (iniciativa Presidencial): 10 votos (20%)
Governo Tecnocrata (iniciativa Presidencial): 14 votos (28%)
Total: 49 votos
Antes de mais, agradecer a todos os que votaram, esperando que continuem a acompanhar o Tricontraditorium e a participar em futuras iniciativas do género. Em segundo lugar, lamentar que a publicação mais vista nos primeiros 6 meses de blogue (quase 300 visualizações) apenas tenha tido 49 votos (cerca de 1/6 das visualizações).
Quanto aos resultados, parece-me de salientar que 56% dos votantes pretendiam que o Presidente da República levasse o seu discurso mais longe, nomeando um novo governo. Destes, a esmagadora maioria pretendia que o governo nomeado pelo PR fosse de consenso alargado ou apartidário (seja por via de Salvação Nacional ou por via Tecnocrata). No entanto, Cavaco Silva (após as negociações falhadas entre PSD, CDS e PS) volta com o primeiro discurso atrás e decide manter o governo em funções tal como está.
Após ter escrito o Politiquices, em conversa com um amigo, fui alertado para uma "pequena" falha no raciocínio do PR: segundo o nº.2 do Art. 195º da CRP "o Presidente da República só pode demitir o Governo quando tal se torne necessário para assegurar o regular funcionamento das instituições democráticas, ouvido o Conselho de Estado." Assim, como é que Cavaco poderia anunciar a demissão do Governo (e a dissolução da AR) e a convocação de novas eleições com mais de um ano de antecedência?! Cavaco terá uma bola de cristal que lhe prevê o futuro no gabinete? Como é que um PR pode saber que o "regular funcionamento das instituições democráticas" não está garantido daqui a um ano, e agora está? Fica a questão...
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