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"Quod non est in actis, non est in mundo" ("O que não está escrito, não existe")

terça-feira, 2 de julho de 2013

Sondagem

Após dois dias de grande agitação política, com a demissão de Vítor Gaspar e Paulo Portas, nós, os contraditores, decidimos contribuir para o debate. Assim, abrimos as hostes com uma sondagem aos nossos leitores (margem direita da página):
Qual pensam ser a melhor solução para o impasse político a que Portugal chegou?
Consideramos ser do interesse nacional deixar aos eleitores a escolha da opção (forma de governar o país) mais viável/apoiada. A sondagem está-lo-á enquanto a situação política lhe dê sentido. 
A resposta está restringida a uma alternativa por voto.

Já que as alternativas podem gerar dúvidas na sua interpretação, fica uma explicação mais extensa daquilo que pretendemos abranger em cada uma:
i) Manter o Governo: Portas e Gaspar saem, entra Albuquerque, e ???. De resto, tudo na mesma. Será viável?
ii) Eleições: o cenário que toda a oposição quer. O resultado esperado é simples: PS no governo (maioria absoluta?), esquerda em alta, PSD/CDS nas "lonas". Até que ponto é viável um novo governo surgido de eleições antecipadas e resolverá ele alguma coisa?
iii) Novo Governo (sem eleições): reedição da transição Durão/Santana. Passos abandona, PSD e CDS trocam lideranças e formam novo governo com "sangue novo". Resolverá alguma coisa? Quem será o novo primeiro-ministro nessas circunstâncias?
iv) Governo de Salvação Nacional (iniciativa Parlamentar): Passos demite-se, PS/BE/PCP abdicam de eleições e do "resultado esperado" (ou mesmo com eleições e o "resultado esperado") para se unirem a PSD/CDS e formarem um governo conjunto para (realmente) resolverem os problemas do país. Serão capazes de colocar as diferenças de parte e o interesse nacional acima dos interesses partidários? Haverá estabilidade num governo desses?
v) Governo de Salvação Nacional (iniciativa Presidencial): Cavaco demite o governo (ou este demite-se sozinho) e (independentemente de realizar eleições ou não) convoca os partidos (esquerda, direita, ...) a formarem um governo conjunto com objectivos semelhantes ao ponto anterior. A principal diferença aqui é a intervenção presidencial e a sua (própria) responsabilização política. Terá Cavaco os "cojones" para o fazer?
vi) Governo Tecnocrata (iniciativa Presidencial): novamente sai o governo, mas neste caso Cavaco Silva dá posse a um governo apartidário, composto por elementos com comprovada competência e reputação, um pouco à semelhança do que foi feito em Itália no governo de Mario Monti. Quem seria nesse caso o escolhido para liderar o governo? Quem apoio social terá um executivo desses? Terá legitimidade política para reformar o país?

Fazemos assim dois apelos aos leitores: que apenas votem uma vez, para que os resultados sejam realistas, e que espalhem a sondagem, para que a amostra seja relevante. Acompanharemos os resultados com atenção e tiraremos as devidas conclusões possivelmente em futuras publicações.

Esperamos pelas respostas e que possamos contribuir para uma maior consciencialização da visão que os portugueses têm do seu país e do que rumo que querem que ele siga.


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