Este Estado judicialista, litigante, despesista
e paralisante condenou-me a pagar 55€ por me ter feito acompanhar dum
"animal canídeo" numa esplanada de praia vazia na Caparica fora da época
balnear em Outubro.
A sentença veio anexada de um parecer
de 4 páginas, que chamá-lo redundante é um elogio: cheio de expressões para “encher
chouriços”, repetições e contradições (ora diz que estava na esplanada, ora diz
que estava na praia). Coisa valiosíssima pela qual vou pagar uns adicionais 15€
(deve ter dado uma tarde inteira sem pausas para café ao imbecil que a
escreveu).
O cão em questão (ou
"canídeo", segundo o novo acordo ortográfico) é o ser mais pacífico e
obediente que se possa encontrar. Goldan Retriever, com experiência de trabalho
junto de deficientes cognitivos. Pode-se-lhe enfiar a mão pela goela abaixo que
ele acha normalíssimo. Nunca ladra. Quando vai à praia não sai do guarda-sol e
não gosta de mar. E quando faz as suas necessidades, vai esconder-se na moita
para não o verem.
Pergunta: a polícia marítima não
tem mesmo mais nada para fazer? É destes burocratas que precisamos?
Depois venham-me dizer que não há
funcionários públicos a mais e que a produtividade na Administração é
elevadíssima.