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"Quod non est in actis, non est in mundo" ("O que não está escrito, não existe")

segunda-feira, 4 de março de 2013

(Ir)Responsabilidade

As eleições legislativas italianas trouxeram mais balbúrdia ao já caótico estado político-financeiro da zona Euro. Como diz o candidato pelo SPD a chanceler alemão Peer Steinbruck, Itália decidiu dar “a vitória a dois palhaços”. Só conhecendo alemães se sabe da frontalidade com que falam. Foi diplomaticamente deselegante? Sim, mas disse a verdade!
"Palhaços" de serviço (ou fora dele?)

Mas este não é longe disso tema de comédia (infelizmente). A 4ª economia da Europa corre o risco de ficar à deriva, numa espiral de instabilidade e ingovernabilidade, dando a machadada final no projecto Europeu.
Os italianos decidiram-se pelo “nem sim, nem não, antes pelo contrário”. Não deram vitória clara a ninguém (cometeram a proeza de votar diferentemente para a câmara baixa e câmara alta do parlamento). E o sr. Monti, parecendo o mais sensato e respeitável daquela corte, teve apenas 10% da votação, ou seja, arredado de ser solução (?).
“Nem o pai morre, nem a gente almoça”. Parece que estes povos do sul são pródigos nos enigmas. Não sabem o que querem, nem sequer se querem alguma coisa. Ou melhor, faço minhas as palavras de Mr. Brown no blog “Os Comediantes” e com elas termino este post(cômputo blogosférico sobre o tema)

“Quem atira a culpa pela má governação da zona Euro sobretudo para a senhora Merkel não percebe nada de nada. Há eleitorados que não podem, não devem e não merecem ser desresponsabilizados pelas escolhas de treta que fazem. E goste-se ou não dessa triste realidade, os eleitorados dos periféricos do sul são pródigos em escolhas de treta. Pior: insistem nelas. Não há remédio.”

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