O que ensina o latim...

"Quod non est in actis, non est in mundo" ("O que não está escrito, não existe")

sábado, 2 de março de 2013

Tudo à grande!


De certo modo, não me surpreendeu a notícia do Negócios que revela que as Forças Armadas são o único grupo profissional cujos vencimentos subiram desde que estamos sob assistência financeira externa.

Exercito, Força Aérea e Marinha (especialmente esta) gozam, a pretexto de “Abril”, de privilégios de que (arrisco a dizer) nenhum outro grupo goza. A austeridade não lhes chega, e quando se ensaia algum género de corte (tão comum em qualquer outro lado), saltam logo da capoeira os sargentos, os “capitães de Abril” e velhos generais a cacarejar.
As Forças Armadas poderiam muito bem ser mais usadas para fins civis, já que para os militares de pouco servem (Portugal não está em guerras e as missões de paz em que se participam envolvem poucos meios). Tarefas como combater incêndios (tantos há para combater), auxílio na investigação criminal (tráfico de droga, espionagem, terrorismo) ou missões humanitárias nas ex-colónias (ou mesmo militares, como na Guiné) são trabalhos necessários em que as Forças Armadas poderiam ajudar com os meios de que dispõem.
Mas não. Reivindicar a torto e a direito aumentos salariais e rosnar sobre a democracia actual é que é bom.
Assim também eu!

Sem comentários:

Enviar um comentário